A Noiva de Dagon – Uma aventura de Call of Cthulhu – Parte VI

 

 

Hello Reader!

Today’s article is about the 6th, and final, part of the “The Bride of Dagon” role playing game adventure for the Call of Cthulhu game system. “The Bride of Dagon” was written and narrated by me over three gaming sessions held in 2017 and then one last final game session in 2019.

 

The audio recordings of the game sessions have since been divided and adapted into chapters I have been sharing with my readers, however, and most unfortunately, that content is only available in my native language, Portuguese.

 

I apologize for that and promise to have more content available in English for my readers here on the blog and also on Youtube. In the meantime I urge you to follow me on the other social media outlets where I publish content: Instagram and Facebook. I promise it’ll be worth your while.

 

Over and out!

 

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Olá Leitor!

 

Foi um longo caminho até aqui, mas finalmente este é o artigo sobre a sexta e última parte do registro de áudio das sessões da aventura “A Noiva de Dagon” que eu vinha publicando episodicamente no canal do blog no Youtube.

 

Como já mencionei para você algumas vezes por aqui, a aventura de RPG “A Noiva de Dagon” foi escrita por mim e mestrada para um grupo de amigos aqui de Cuiabá para apresentá-los aos jogos de interpretação.

 

Você não sabe o que é um jogo de interpretação/RPG? Bom, pra explicar de maneira simples é um jogo onde todos os participantes cooperam para narrar uma estória. Um deles assume o papel de mestre/narrador e ele é o jogador responsável por criar a estória com a qual os outros jogadores irão interagir (o mestre pode ser chamado ainda de “Dungeon Master” ou “Keeper” já que cada sistema de regras costuma ter um nome para o jogador responsável por conduzir a narrativa) enquanto os demais jogadores criam personagens que interpretarão ao longo da estória.

 

Os jogos de RPG podem ter adereços físicos que auxiliam na imersão dos jogadores na estória (como mapas e miniaturas) ou ser jogado completamente de maneira descritiva (no estilo “pen and paper”, papel e caneta traduzido) amparado tão somente pela imaginação dos participantes.

 

Sabendo de meu histórico como jogador de RPG os amigos aqui vira e mexe me assuntavam sobra a possibilidade de jogarmos, especialmente porque, como já disse, alguns deles nunca haviam experimentado uma aventura e tinham curiosidade de ver como era. Como já jogávamos com alguma freqüência jogos de tabuleiro ambientados no universo ficcional dos “Cthulhu Mythos” (um universo ficcional originalmente criado por H.P. Lovecraft em suas obras e posteriormente expandido por outros autores) acabei pensando que uma aventura de horror ambientada no mesmo universo seria mais familiar aos jogadores e permitiria maior interação (e diversão, claro).

 

“A Noiva de Dagon” nasceu assim do somatório de algumas paixões: O conto “A Sombra de Innsmouth” (“The Shadow Over Innsmouth” – original em inglês), aquários e a cidade de Londres na Inglaterra. Como já mencionado no primeiro artigo sobre a aventura, uma única imagem em um livro de referência “Cthulhu Britannica: London” foi a faísca que acendeu as chamas de um surto criativo que enveredou madrugada adentro, ao final da qual a aventura estava escrita.

 

A primeira sessão da aventura aconteceu em 11/09/2017, a segunda em 28/09/2017 e a terceira delas em 05/10/2017. Os jogadores estavam bastante empolgados e acabamos aproveitando jogando com alguma freqüência no início, porém, como já mencionei no artigo anterior não me recordo exatamente o que aconteceu ao longo de 2018 já que não conseguimos jogar nem uma sessão ao longo daquele ano.

 

A verdade é que “A Noiva de Dagon” além de ser a primeira aventura de boa parte dos membros do grupo, também marcava o meu retorno às mesas de RPG e a posição de narrador e me entristecia vê-la incompleta, especialmente depois de ter dedicado tanto tempo à sua construção, motivo pelo qual insisti com a turma dizendo que iria completá-la de qualquer maneira e com quem aparecesse pra última sessão, que acabou rolando em 09/02/2019.

 

Depois de um ano, e com várias pontas pra unir, a última sessão da aventura acabou ficando enorme, gerando um registro de mais de quatro horas de áudio, o que acabou demandando a decisão de, mais uma vez, dividir o material de uma única sessão em dois episódios para o Youtube, o que nos traz, enfim, a este último episódio da aventura.

 

Agora, antes de prosseguirmos, você Leitor deve me responder uma pergunta: você já ouviu os episódios anteriores da aventura?

 

Em caso de uma resposta negativa eu vou lhe pedir que pare de ler por aqui para evitar quaisquer spoilers a frente. Os episódios anteriores da aventura estão todos disponíveis em nosso canal no Youtube e nos artigos sobre cada um deles aqui no blog, assim, basta clicar nos links para conferir a Parte I, Parte II, Parte III, Parte IV ou ainda a Parte V (essa importantíssima para o entendimento desta última parte e de toda a aventura) e se inteirar do que rolou na aventura até aqui.

 

Agora, se você já ouviu todas as partes anteriores, finalmente chegamos ao momento onde nossos investigadores terão a chance de confrontar o grande vilão da aventura! Foi um longo caminho até aqui desde a cerimônia de inauguração do Aquário da Sociedade Zoológica de Londres onde os jogadores se depararam com um misterioso óbito, até o “final showdown” que os trará novamente ao aquário no Zoológico de Londres. O caminho foi mesmo longo e não sem percalços já que eles acabaram investigando muita coisa e com isso alongando a aventura além do que eu havia originalmente preparado.

 

Eu gosto de jogar assim, permitindo aos jogadores completa e total liberdade de investigar, procurar, entender o que acontece (ainda que isso os leve a alguns becos sem saída) especialmente em um jogo investigativo como o Call of Cthulhu e na “ A Noiva” isso não foi diferente (talvez o mérito dessa minha evolução como mestre seja do Iago, que certa feita disse que minha aventura parecia um jogo de videogame com um único caminho/fio narrativo).

 

Pra dar um exemplo, toda a segunda sessão no hospital foi criada na hora, já que eu não antecipei que os jogadores acabariam mergulhando no tanque, sendo abocanhados pelo tubarão e acabariam no hospital aproveitando a oportunidade para dar seguimento à investigação, mas como dois jogadores faltaram à segunda sessão, ela acabou funcionando para introduzir o personagem do Jefferson (o padre Gerrick) e dar mais algumas pistas para os jogadores sobre a natureza de seus antagonistas (com o relatório de autópsia que eles conseguiram por lá).

 

Para mim é esse hoje o grande prazer de jogar RPG, não ter controle sobre as ações dos jogadores e deixar a estória se desenrolar a partir das ações deles adaptando-a a medida que as sessões se desenrolam deixando toda a experiência mais colaborativa (então obrigado Iago, sua crítica me fez um mestre melhor, ainda que muitos prefiram aventuras “on rail” ao invés das “sandbox”).

 

No começo da parte V a aventura retornou naturalmente pros trilhos pré-estabelecidos já que, desde o início, as pistas de que havia alguma coisa estranha com o casal Weimer e Irma Vonstoff estavam lá (os nomes alemães de um casal que falava com sotaque claramente norte americano foram uma das primeiras pistas que o professor Joseph Wright, interpretado pelo Henrique Pereira, conseguiu – duvida? Tá no áudio! É só ouvir de novo a Parte I para conferir) então, naturalmente, confrontá-los para tentar descobrir a verdade era um desenvolvimento natural da coisa.

 

Havia uma chance de que os jogadores surpreendessem os Vonstoff ainda nos preparativos para seu ataque ao aquário, mas como eles acabaram demorando (e quem ouviu a aventura vai perceber que eu estava contando o tempo) quando eles finalmente chegaram à casa dos Vonstoff Weimer e Helga não estavam mais lá.

 

Devo admitir agora que, durante a sessão, foi extremamente prazeroso ver a cara dos jogadores enquanto manuseavam os props produzidos para esse momento de descoberta (que você pode conferir ao longo de todos os vídeos, mas em especial na Parte V) e enquanto liam cartas, um diário queimado e encontravam outros documentos iam se dando conta dos motivos subjacentes de todo o plot da aventura e entendendo o que acontecia (ainda que alguns “easter eggs” tenham sido ignorados pelos jogadores como o parentesco dos NPCs desta aventura com Obed Marsh, o mesmo Obed Marsh do conto “A Sombra de Innsmouth” que continua vivo na “A Noiva de Dagon”).

 

Ao fim da Parte V (mais ou menos na metade da última sessão), depois de lidar com o terceiro irmão Marsh, os jogadores finalmente estavam com todas as peças do mistério na mesa, e diante do conjunto de evidências decidiram ir até o aquário no Zoológico de Londres, esperando um confronto final com o casal Vonstoff, agora revelados como os irmãos Jebediah e Irma Marsh, e é esse confronto que ocupa todo este episódio final da aventura.

 

A arte deste último capítulo da aventura foi obra do mestre Luiz Prado (@luizprado04 no Instagram) que em meu sentir arregaçou ao ilustrar o que seria o confronto final no aquário segundo sua interpretação. Tem spoiler na imagem? Talvez tenha!

 

 

 

Pra celebrar a publicação do último episódio da campanha, acabei fazendo um mimo aos meus jogadores como forma de agradecer a participação de todos. Os quatro jogadores principais (que acabaram tornando-se “principais” por apareceram de maneira recorrente nas sessões) receberam o conto “A Sombra de Innsmouth”, um dos pins do The Painting Frog e um print colorido da arte do Luiz Prado.

 

 

Já o Henrique e o Alexander (respectivamente o professor Joseph Wright e o investigador John Holmes) receberam um print da arte de capa em preto e branco (apareçam nas próximas sessões) marcando sua participação na aventura.

 

Se você está se perguntando como isso termina, não perde mais tempo não e confere ai a sexta é última parte da aventura. Antes de nos despedirmos e você poder ouvir o episódio vou pedir uma vez mais que você se inscreva em nosso canal no Youtube, dê um like neste episódio, compartilhe a aventura com seus amigos que também curtem RPGs e, considere seguir nossas outras redes sociais, no Instagram e no Facebook.

 

Aproveita e depois comente o que achou da aventura e do seu desfecho (e assiste até o final que tem “cena extra”!).

 

 

Grande abraço e até breve.

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